Ser poeta


O poeta faz mergulhos em seu interior,
garimpando nele toda sua ansia de dizer
em palavras que soam como burburinho
de uma saudade,do amor e seus encantos,
O vento que passa diz muito a um poeta
traz mensagens que ninguém mais ouve,
céu azul distante alegre ou triste que seja
manda inspiração que se acolhe em versos
Assim como pássaro na manhã orvalhada,
canta o poeta,seus ritmados acalantos,
trazendo tranquilidade e paz às almas
envolvendo-as com suas notas nos versos
muitas vezes risos,outras vezes prantos

N.Marilda- Direitos Preseravdos

*Opereta na roça*


Uma orquestra afinada fez espetáculo
grátis em muito som e alegria,
era formada por um passaredo
que no jardim fazia estripulia

Foi lentamente que tudo começou
chovia fino na tarde calorenta,
como se fosse tudo bem ensaiado
veio a música, nunca ouvi tão barulhenta,

Cantaram saudando mais um dia
que já ia no horizonte lentamente,
na roça tudo começava  a adormecer
e o sussurro da noite se fazia presente,

Um fascínio rodeou minh'alma
como sempre nas letras em acalanto,
frente à face ainda oculta da lua
como o passaredo tentei um novo canto

*Cantiga Crepuscular*




Estou colocando aqui o texto que recebi em interação ao meu,escrito pelo poeta Oklima






CANTIGA CREPUSCULAR




Crepuscular cantiga sobressai

das casas acostadas ao poente,

alçando ao céu do dia que se vai,

anseios de felícia permanente.



Ave Maria! A prece, aos poucos, sai

suavizando a alma, corpo e mente:

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai

pela paz dos espaços dessa gente!



A noite envolve, em volta, o tom das cores,

enquanto as flores floram para tê-las

sempre presente, para serem flores.



A Virgem Santa, lá do céu, ao vê-las,

esparge sobre a terra os seus favores,

fulgindo flores de milhões de estrelas!


Odir,de passagem

*Crepúsculo*







Na tarde dolente que se vai

aos poucos entregando sua luz,

fica o som de mais uma Ave Maria,

lembrando, em acordes, a Mãe de Jesus.



No crepúsculo voltam lembranças

de momentos muito bem vividos,

das horas em que, ouvindo a música,

imaginamos estar entre os entes queridos.



Com perfume de muita suavidade,

as plantas exalam. em agradecimento,

neste momento de oração e descanso,

natureza e alma em paz... Lindo momento!



Os acordes, aos poucos, vão cessando.

Apenas o eco ainda se faz presente.

Corações se unem num só enlace,

vem a noite ofertando estrelas de presente.

*Prelúdio Outonal*


Vento frio que arrepia a alma
Perpassando poros, suaves tangencias
Trazes também dos rumores da vida,
Silvos,fragrancias e reticencias

Mostras assim cálidos suspiros
Das brumas que cruzaste em coro,
Rasgando espaços sem destino certo
Do desiludido sufocando o chôro

Abraças com ímpeto o viajante
Da nau vida ,voraz em labaredas
Teus acordes ferem os ouvidos
E dos que passam nem te apiedas

Teces imagens sutis em suaves nuvens
Na distancia do horizonte em brumas,
Tocas a harpa do destino em sons fugazes
Esvaindo a vida em violetas plumas




Poesia publicada na Antologia Brasileira Novos Autores 2008